Guia de Cultivo de Flores Ornamentais
INTRODUÇÃO
Quem vai iniciar um jardim, além das ferramentas como enxadas, enxadões, ancinhos, pás, pazinha de mão, pequeno chuncho, pulverizador manual e regadores, deverá ter sempre a mão os adubos e fertilizantes necessários, assim como alguns inseticidas, formicidas, cupinicidas e fungicidas para serem utilizados tão somente quando necessários, não esquecendo também de alguma tela de nylon, sombrite ou outro tipo de cobertura que serão de grande valia quando dos transplantes ou semeadura. Interessante também, manter luvas e um avental de raspa de couro. Para aqueles que pretendem manter apenas o cultivo de vasos e jardineiras, não há necessidade de manter ferramentas maiores como enxadas, enxadões, ancinhos e pás, mas o restante será de valia para o sucesso da cultura.
Atenção especial deve ser dada às variedades a serem cultivadas, respeitando sempre que possível as necessidades ecológicas de cada uma, tais como: clima, umidade, insolação, ventos e etc., informações estas sempre constantes na ficha técnica das variedades.
PREPARAÇÃO DOS CANTEIROS, JARDINS, VASOS E JARDINEIRAS
Substrato ou Solo
Os canteiros devem ser preparados previamente com substrato à base de 1/3 de terra argilosa e 2/3 de areia. Caso o solo local será muito argiloso, é interessante incorporar a areia, pois a maioria das flores ornamentais dispõe de sistema radicular sensível e encontrando muita argila pela frente, terão dificuldade em se desenvolver e conseqüentemente a parte área será prejudicada. Este substrato não deverá conter raízes, galhos, pedras ou outras impurezas. Havendo disponibilidade de materiais vegetais decompostos como: restos vegetais triturados, palha de arroz, moinha de carvão, pó de serra e outros similares, serão bem vindos à mistura, podendo neste caso optar-se pela seguinte composição: 1/3 de terra argilosa, 1/3 de areia e 1/3 de matéria vegetal decomposta.
Para aqueles que vão plantar em vasos ou jardineiras e não tem como preparar o substrato, poderão comprar nas casas de comércio o substrato organo/vegetal que já vem preparado.
Via de regra, as flores ornamentais preferem solos neutros a alcalinos, pH variando entre 5,6 e 7,0, não toleram solos encharcados ou solos salinos ou salinizados. Quando houver alguma variedade que fuja destas características, haverá menção a respeito na ficha técnica.
Adubação de base
A adubação de base deverá ser incorporada e bem misturada no solo que irá compor o canteiro. Uma adubação de base simples deve conter por metro quadrado: 50 gramas de superfosfato simples, 50 gramas de ureia ou sulfato de amônio, 50 gramas de cloreto de potássio, e 3 quilos de esterco de gado bem curtido ou 1 quilo de esterco de aves também bem curtido. Se o solo apresentar características de pH que exija correção, incorporar também 3 quilos de calcário, dando preferência para o calcário em pó. O esterco de gado ou de aves poderá ser substituído por húmus vendido em casas comerciais. Quem tiver dificuldades em obter os produtos acima, usar 300 gramas de adubo NPK fórmula 10.10.10 por m2 (esta formula é facilmente encontrada no mercado e trata-se de formulação mediana).
Dimensões do canteiro:
Para o cultivo de flores de corte em canteiros, este poderá ter qualquer comprimento com base nos espaços disponível, no entanto, a largura não deverá exceder a 1,20 metros com um espaço de no mínimo 0,70 m entre um canteiro e outro, facilitando assim o manuseio do canteiro pelos dois lados.
Já os canteiros para jardins, estes deverão seguir a arquitetura do local, com formas e dimensões que sejam adequados para o paisagismo que se quer definir.
Declividade
É sempre interessante, para facilitar o escoamento de águas da chuva e das regas, que o terreno tenha uma ligeira inclinação, em torno de 3% e no máxima 5%, passando estes percentuais, os canteiros deverão ser preparados em forma de patamares. Se necessário, fazer um sistema de drenagem para escoamento das águas, evitando encharcamento e poças d’água. As flores ornamentais necessitam de água, no entanto, o seu excesso fará com que se desenvolvam fungos e poderá causar o apodrecimento das raízes.
Outros aspectos:
Ventos: Ventos fortes não combinam com flores ornamentais, assim, o lugar dos canteiros deverá ser escolhido levando-se em conta que haja alguma proteção contra os ventos. Pode também ser adotada a prática de cortinas quebra vento, utilizando-se para tanto, espécies vegetais de crescimento rápido, como um aramado de maracujás ou alguma trepadeira de desenvolvimento rápido e apta para o clima do local.
No caso de jardins, também é interessante que estejam protegidos dos ventos excessivos, podendo, se for o caso, os canteiros terem a sua bordadura delineada por alguma espécie de planta que não seja muito alta, que não venham a sombrear ou a prejudicar a paisagem que se quer definir e que tenham resistência aos ventos.
No caso de vasos e jardineiras, estes devem estar localizados em locais onde os ventos não tenham ação direta sobre eles.
Animais domésticos:
Cães, gatos, porcos, galinhas e outros pequenos animais não combinam com canteiros de flores ornamentais. Havendo estes animais no local, os canteiros ou jardins deverão ser protegidos contra o acesso dos pequenos animais.
Gramas:
As gramas são fortes concorrentes das espécies hortícolas, principalmente pelas raízes. Caso o local dos canteiros ou do jardim tenha sido anteriormente pasto ou gramados, estes deverão ser eliminados a base de herbicida folha fina, preferencialmente a base de gliphosate. Excetua-se obviamente, aquelas gramas próprias para jardins.
Peculiaridade sobre vasos e jardineiras:
Os melhores vasos são os de barro, o que não impede o uso dos modernos vasos de plásticos, polietilenos, fibras vegetais e outros materiais, desde que sejam perfeitamente furados para eliminação do excesso de água. Aqueles vasos que dispõem de apenas um furo central em seu inferior, deve levar uma camada pedra, pedrisco, cacos de telhas ou semelhantes para que a água não seja completamente furtada.
TRATOS CULTURAIS
Generalidades:
As flores ornamentais tem ciclo de vida definido, indicado na ficha técnica. A maioria é de ciclo anual, durando da semeadura até a florada entre 120 e 180 dias, outras são bienais, interrompe o ciclo da florada por algum tempo reiniciando na próxima estação ou com o intervalo de poucos meses, outras são perenes, apresentam vida duradoura. Todas elas tem necessidade de tratos culturais aparentemente semelhantes em alguns aspectos, outras, como as perenes, necessitam a cada ano ou dois anos, um transplante por estarem suas raízes saturadas no substrato já compactado, algumas necessitam de podas outras não. Aquelas que requerem tratamento diferenciado, a informação é constante em sua ficha, os demais tratos seguem a regra geral citada neste guia.
Adubações
Não havendo indicação de épocas de adubação na ficha, uma adubação de cobertura eficiente e econômica para a maioria das flores, logo após o transplante ou se plantadas diretamente ao solo, quando atingirem entre 8 e 10 cm de altura, é composta por 10 gramas de nitrogênio (ureia ou sulfato de amônio) por metro quadrado, dissolvido em água e distribuído cuidadosamente no canteiro, evitando-se contato com as folhas. Logo após a distribuição, fazer uma rega generosa para remover algumas gotas que eventualmente caíram nas folhas. Esta adubação pode ser repetida a cada 15 dias, alternando-se uma adubação somente a base de nitrogênio, a outra uma mistura de 10 gramas de superfosfato simples farelado com 10 gramas de cloreto de potássio e assim sucessivamente, para que tenham uma adubação balanceada.
Limpeza
O mato competição é um dos principais inimigos das flores. A melhor forma de manter o jardim e vasos isentos de ervas prejudiciais é arrancando o mato logo que ele venha a emergir, desta forma é eliminado o mato com suas raízes e sementes. Depois de arrancado, deve ser removido do canteiro ou do vaso, ensacado e descartado, ou enterrado bem fundo. As gramas, sempre que surgirem, não conseguindo sacá-las com raiz, procede-se a aplicação de herbicida, tomando-se os devidos cuidados para não atingir as plantas.
Transplante de vasos e jardineiras
As plantas perenes, ou seja: de ciclo duradouro, devem ser substituídas de vaso ou jardineira a cada um ou dois anos dependendo da variedade. Esta operação deve ser feita na sombra, tomando-se o cuidado de não ofender as raízes e nem as expondo ao sol e ao vento, eventualmente, algumas variedades que forma muitas raízes podem receber uma poda radicular. Algumas variedades podem ser dividas e transplantadas em vários recipientes. O novo recipiente para onde serão transplantadas deverá estar pronto evitando-se que as raízes fiquem muito tempo expostas. Após o replantio, molhar bem o substrato e deixar o recipiente à sombra por alguns dias para que a planta se recupere do estresse sofrido antes de ir a pleno sol ou para o ambiente adverso de acordo com suas exigências ecológicas.
Formigas
No caso de jardins e canteiros, deve ter-se especial atenção para com as formigas que são grandes destruidoras. Se for das grandes, podem ser combatidas com isca formicida e das pequenas com algum inseticida leve do tipo K-Otrine usado para dedetização de instalações rurais.
Pulgões, Cochonilhas e largatas.
Não deixe que se alastre, observe constantemente as folhas, principalmente das plantas perenes, qualquer surgimento, no inicio será combatido facilmente com uma calda a base de fumo, se o ataque for persistente, aí então deverá ser aplicado um inseticida, inicialmente K-Otrine que não é muito tóxico, não resolvendo, algum a base de piretróides que custam mais caro, mas não são tóxicos para animais de sangue quente e, se não houver jeito, usa-se algum inseticida da classe folidol ou similar, com os devidos cuidados. As pulverizações ou pincelamento devem abranger tanto a parte superior como inferior das folhas. (receita da calda de fumo no final)
Fungos:
Podem surgir, causando apodrecimento nas folhas e raízes. Tenha sempre a mão alguns fungicidas baratos e de boa eficiência, em fórmulas brutas: sulfato de zinco, sulfato de cobre e enxofre. Cinco gramas de cada em uma solução aquosa poderão resolver o problema com baixíssima toxidade. O importante é ficar atento para o aparecimento do fungo, para que a situação não saia do controle.
Regas:
As regas devem ser privilegiadas na parte da manha ou no final da tarde com o sol menos forte. Só faça regas intercalares se perceber que a falta d água está realmente prejudicando as plantas. O importante é manter o substrato do canteiro úmido, assim, não há necessidade de abusar das regas. Algumas variedades de flores não são muito exigentes em água e, a sua florada em presença de muita irrigação poderá ser prejudicada, neste caso, as regas deverão ser feitas a cada dois ou três dias, dependendo da umidade do ar.
Pouco exigentes em água: Em períodos secos, regar duas vezes por semanas.
Medianamente exigentes em água: Em períodos secos regar três a quatro vezes por semana
Exigentes em água: Nos períodos secos, regar diariamente, de preferência duas vezes ao dia.
PREPARAÇÃO DAS MUDAS E TRANSPLANTE
Sementeira:
Pode ser utilizado um pedaço do canteiro, desde que protegido com sombrite, ou uma caixa, ou até bandejas próprias para esta finalidade, tem custo baixo e são vendidas em isopor ou plástico leve. Copinhos descartáveis, embalagens de iogurtes e outros podem também serem utilizados, desde que bem lavados e furados na parte inferior e no terço inferior das laterais.
Substrato:
O mais leve possível, areia, vermiculita, terra vegetal, podendo ser tudo misturado em proporções iguais, se desejar, coloque um pouco de superfosfato simples e cloreto de potássio. As plântulas na sua fase inicial de desenvolvimento, praticamente não consomem fertilizantes, alimentam-se dos cotilédones existente na própria semente.
Semeadura
A profundidade de cobertura das sementes é indicada na Ficha Técnica, todavia não enterrar a semente mais que o dobro de seu tamanho. A cobertura das sementes poderá ser feita com areia fina ou outro material leve e poroso.
Manter a sementeira sempre úmida, protegida do sol forte e drenada.
As temperaturas ideais para a semeadura é em torno de 15º C a 24º C em média, obviamente deverá ser respeitada alguma indicação ao contrário para algumas variedades.
Algumas variedades, segundo a indicação das fichas, podem ser semeadas diretamente no local definitivo.
Quebra de dormência:
Algumas sementes apresentam característica de dormência, devendo neste caso ser feito preparo preliminar das mesmas antes da semeadura. Quando houver necessidade de alguma intervenção neste sentido, a indicação é feita na Ficha Técnica.
Transplante:
O transplante é uma das operações mais delicadas do jardineiro. Deve ser feita quando as plântulas de modo geral tiverem entre 4 a 6 folhinhas, o que demora dependendo da variedade uma média de 6 a 24 dias após a semeadura. O transplante obrigatoriamente tem que ser feito com ausência de sol, podendo ser dias nublados, ou logo pela manhã antes do pleno sol ou no finalzinho da tarde com o sol sumindo. Prepare os recipientes ou o canteiro definitivo, molhe bem o substrato, alinhe, faça furos com auxilio de um chuncho que pode ser feito de madeira (mais ou menos como um lápis). Remova as plântulas da sementeira, podendo usar uma pequena pá de ponta, remova o excesso de terra das radicelas para facilitar a introdução no furo feito no substrato. Pode remover um punhado por vez, mantendo-as em um recipiente com umidade, evite que as raízes recebam vento ou sol direto. Coloque a plântula no centro do furo feito no substrato enterrando-a até o colo e compactando suavemente com a mão para comprimir a terra em volta das radicelas. Não deve haver espaços vazios entre as racidelas e o substrato. Se o local for de sol muito forte, mantenha as mudas recém-transplantadas cobertas por alguns dias com sombrite ou outro material similar.
Quem vai iniciar um jardim, além das ferramentas como enxadas, enxadões, ancinhos, pás, pazinha de mão, pequeno chuncho, pulverizador manual e regadores, deverá ter sempre a mão os adubos e fertilizantes necessários, assim como alguns inseticidas, formicidas, cupinicidas e fungicidas para serem utilizados tão somente quando necessários, não esquecendo também de alguma tela de nylon, sombrite ou outro tipo de cobertura que serão de grande valia quando dos transplantes ou semeadura. Interessante também, manter luvas e um avental de raspa de couro. Para aqueles que pretendem manter apenas o cultivo de vasos e jardineiras, não há necessidade de manter ferramentas maiores como enxadas, enxadões, ancinhos e pás, mas o restante será de valia para o sucesso da cultura.
Atenção especial deve ser dada às variedades a serem cultivadas, respeitando sempre que possível as necessidades ecológicas de cada uma, tais como: clima, umidade, insolação, ventos e etc., informações estas sempre constantes na ficha técnica das variedades.
PREPARAÇÃO DOS CANTEIROS, JARDINS, VASOS E JARDINEIRAS
Substrato ou Solo
Os canteiros devem ser preparados previamente com substrato à base de 1/3 de terra argilosa e 2/3 de areia. Caso o solo local será muito argiloso, é interessante incorporar a areia, pois a maioria das flores ornamentais dispõe de sistema radicular sensível e encontrando muita argila pela frente, terão dificuldade em se desenvolver e conseqüentemente a parte área será prejudicada. Este substrato não deverá conter raízes, galhos, pedras ou outras impurezas. Havendo disponibilidade de materiais vegetais decompostos como: restos vegetais triturados, palha de arroz, moinha de carvão, pó de serra e outros similares, serão bem vindos à mistura, podendo neste caso optar-se pela seguinte composição: 1/3 de terra argilosa, 1/3 de areia e 1/3 de matéria vegetal decomposta.
Para aqueles que vão plantar em vasos ou jardineiras e não tem como preparar o substrato, poderão comprar nas casas de comércio o substrato organo/vegetal que já vem preparado.
Via de regra, as flores ornamentais preferem solos neutros a alcalinos, pH variando entre 5,6 e 7,0, não toleram solos encharcados ou solos salinos ou salinizados. Quando houver alguma variedade que fuja destas características, haverá menção a respeito na ficha técnica.
Adubação de base
A adubação de base deverá ser incorporada e bem misturada no solo que irá compor o canteiro. Uma adubação de base simples deve conter por metro quadrado: 50 gramas de superfosfato simples, 50 gramas de ureia ou sulfato de amônio, 50 gramas de cloreto de potássio, e 3 quilos de esterco de gado bem curtido ou 1 quilo de esterco de aves também bem curtido. Se o solo apresentar características de pH que exija correção, incorporar também 3 quilos de calcário, dando preferência para o calcário em pó. O esterco de gado ou de aves poderá ser substituído por húmus vendido em casas comerciais. Quem tiver dificuldades em obter os produtos acima, usar 300 gramas de adubo NPK fórmula 10.10.10 por m2 (esta formula é facilmente encontrada no mercado e trata-se de formulação mediana).
Dimensões do canteiro:
Para o cultivo de flores de corte em canteiros, este poderá ter qualquer comprimento com base nos espaços disponível, no entanto, a largura não deverá exceder a 1,20 metros com um espaço de no mínimo 0,70 m entre um canteiro e outro, facilitando assim o manuseio do canteiro pelos dois lados.
Já os canteiros para jardins, estes deverão seguir a arquitetura do local, com formas e dimensões que sejam adequados para o paisagismo que se quer definir.
Declividade
É sempre interessante, para facilitar o escoamento de águas da chuva e das regas, que o terreno tenha uma ligeira inclinação, em torno de 3% e no máxima 5%, passando estes percentuais, os canteiros deverão ser preparados em forma de patamares. Se necessário, fazer um sistema de drenagem para escoamento das águas, evitando encharcamento e poças d’água. As flores ornamentais necessitam de água, no entanto, o seu excesso fará com que se desenvolvam fungos e poderá causar o apodrecimento das raízes.
Outros aspectos:
Ventos: Ventos fortes não combinam com flores ornamentais, assim, o lugar dos canteiros deverá ser escolhido levando-se em conta que haja alguma proteção contra os ventos. Pode também ser adotada a prática de cortinas quebra vento, utilizando-se para tanto, espécies vegetais de crescimento rápido, como um aramado de maracujás ou alguma trepadeira de desenvolvimento rápido e apta para o clima do local.
No caso de jardins, também é interessante que estejam protegidos dos ventos excessivos, podendo, se for o caso, os canteiros terem a sua bordadura delineada por alguma espécie de planta que não seja muito alta, que não venham a sombrear ou a prejudicar a paisagem que se quer definir e que tenham resistência aos ventos.
No caso de vasos e jardineiras, estes devem estar localizados em locais onde os ventos não tenham ação direta sobre eles.
Animais domésticos:
Cães, gatos, porcos, galinhas e outros pequenos animais não combinam com canteiros de flores ornamentais. Havendo estes animais no local, os canteiros ou jardins deverão ser protegidos contra o acesso dos pequenos animais.
Gramas:
As gramas são fortes concorrentes das espécies hortícolas, principalmente pelas raízes. Caso o local dos canteiros ou do jardim tenha sido anteriormente pasto ou gramados, estes deverão ser eliminados a base de herbicida folha fina, preferencialmente a base de gliphosate. Excetua-se obviamente, aquelas gramas próprias para jardins.
Peculiaridade sobre vasos e jardineiras:
Os melhores vasos são os de barro, o que não impede o uso dos modernos vasos de plásticos, polietilenos, fibras vegetais e outros materiais, desde que sejam perfeitamente furados para eliminação do excesso de água. Aqueles vasos que dispõem de apenas um furo central em seu inferior, deve levar uma camada pedra, pedrisco, cacos de telhas ou semelhantes para que a água não seja completamente furtada.
TRATOS CULTURAIS
Generalidades:
As flores ornamentais tem ciclo de vida definido, indicado na ficha técnica. A maioria é de ciclo anual, durando da semeadura até a florada entre 120 e 180 dias, outras são bienais, interrompe o ciclo da florada por algum tempo reiniciando na próxima estação ou com o intervalo de poucos meses, outras são perenes, apresentam vida duradoura. Todas elas tem necessidade de tratos culturais aparentemente semelhantes em alguns aspectos, outras, como as perenes, necessitam a cada ano ou dois anos, um transplante por estarem suas raízes saturadas no substrato já compactado, algumas necessitam de podas outras não. Aquelas que requerem tratamento diferenciado, a informação é constante em sua ficha, os demais tratos seguem a regra geral citada neste guia.
Adubações
Não havendo indicação de épocas de adubação na ficha, uma adubação de cobertura eficiente e econômica para a maioria das flores, logo após o transplante ou se plantadas diretamente ao solo, quando atingirem entre 8 e 10 cm de altura, é composta por 10 gramas de nitrogênio (ureia ou sulfato de amônio) por metro quadrado, dissolvido em água e distribuído cuidadosamente no canteiro, evitando-se contato com as folhas. Logo após a distribuição, fazer uma rega generosa para remover algumas gotas que eventualmente caíram nas folhas. Esta adubação pode ser repetida a cada 15 dias, alternando-se uma adubação somente a base de nitrogênio, a outra uma mistura de 10 gramas de superfosfato simples farelado com 10 gramas de cloreto de potássio e assim sucessivamente, para que tenham uma adubação balanceada.
Limpeza
O mato competição é um dos principais inimigos das flores. A melhor forma de manter o jardim e vasos isentos de ervas prejudiciais é arrancando o mato logo que ele venha a emergir, desta forma é eliminado o mato com suas raízes e sementes. Depois de arrancado, deve ser removido do canteiro ou do vaso, ensacado e descartado, ou enterrado bem fundo. As gramas, sempre que surgirem, não conseguindo sacá-las com raiz, procede-se a aplicação de herbicida, tomando-se os devidos cuidados para não atingir as plantas.
Transplante de vasos e jardineiras
As plantas perenes, ou seja: de ciclo duradouro, devem ser substituídas de vaso ou jardineira a cada um ou dois anos dependendo da variedade. Esta operação deve ser feita na sombra, tomando-se o cuidado de não ofender as raízes e nem as expondo ao sol e ao vento, eventualmente, algumas variedades que forma muitas raízes podem receber uma poda radicular. Algumas variedades podem ser dividas e transplantadas em vários recipientes. O novo recipiente para onde serão transplantadas deverá estar pronto evitando-se que as raízes fiquem muito tempo expostas. Após o replantio, molhar bem o substrato e deixar o recipiente à sombra por alguns dias para que a planta se recupere do estresse sofrido antes de ir a pleno sol ou para o ambiente adverso de acordo com suas exigências ecológicas.
Formigas
No caso de jardins e canteiros, deve ter-se especial atenção para com as formigas que são grandes destruidoras. Se for das grandes, podem ser combatidas com isca formicida e das pequenas com algum inseticida leve do tipo K-Otrine usado para dedetização de instalações rurais.
Pulgões, Cochonilhas e largatas.
Não deixe que se alastre, observe constantemente as folhas, principalmente das plantas perenes, qualquer surgimento, no inicio será combatido facilmente com uma calda a base de fumo, se o ataque for persistente, aí então deverá ser aplicado um inseticida, inicialmente K-Otrine que não é muito tóxico, não resolvendo, algum a base de piretróides que custam mais caro, mas não são tóxicos para animais de sangue quente e, se não houver jeito, usa-se algum inseticida da classe folidol ou similar, com os devidos cuidados. As pulverizações ou pincelamento devem abranger tanto a parte superior como inferior das folhas. (receita da calda de fumo no final)
Fungos:
Podem surgir, causando apodrecimento nas folhas e raízes. Tenha sempre a mão alguns fungicidas baratos e de boa eficiência, em fórmulas brutas: sulfato de zinco, sulfato de cobre e enxofre. Cinco gramas de cada em uma solução aquosa poderão resolver o problema com baixíssima toxidade. O importante é ficar atento para o aparecimento do fungo, para que a situação não saia do controle.
Regas:
As regas devem ser privilegiadas na parte da manha ou no final da tarde com o sol menos forte. Só faça regas intercalares se perceber que a falta d água está realmente prejudicando as plantas. O importante é manter o substrato do canteiro úmido, assim, não há necessidade de abusar das regas. Algumas variedades de flores não são muito exigentes em água e, a sua florada em presença de muita irrigação poderá ser prejudicada, neste caso, as regas deverão ser feitas a cada dois ou três dias, dependendo da umidade do ar.
Pouco exigentes em água: Em períodos secos, regar duas vezes por semanas.
Medianamente exigentes em água: Em períodos secos regar três a quatro vezes por semana
Exigentes em água: Nos períodos secos, regar diariamente, de preferência duas vezes ao dia.
PREPARAÇÃO DAS MUDAS E TRANSPLANTE
Sementeira:
Pode ser utilizado um pedaço do canteiro, desde que protegido com sombrite, ou uma caixa, ou até bandejas próprias para esta finalidade, tem custo baixo e são vendidas em isopor ou plástico leve. Copinhos descartáveis, embalagens de iogurtes e outros podem também serem utilizados, desde que bem lavados e furados na parte inferior e no terço inferior das laterais.
Substrato:
O mais leve possível, areia, vermiculita, terra vegetal, podendo ser tudo misturado em proporções iguais, se desejar, coloque um pouco de superfosfato simples e cloreto de potássio. As plântulas na sua fase inicial de desenvolvimento, praticamente não consomem fertilizantes, alimentam-se dos cotilédones existente na própria semente.
Semeadura
A profundidade de cobertura das sementes é indicada na Ficha Técnica, todavia não enterrar a semente mais que o dobro de seu tamanho. A cobertura das sementes poderá ser feita com areia fina ou outro material leve e poroso.
Manter a sementeira sempre úmida, protegida do sol forte e drenada.
As temperaturas ideais para a semeadura é em torno de 15º C a 24º C em média, obviamente deverá ser respeitada alguma indicação ao contrário para algumas variedades.
Algumas variedades, segundo a indicação das fichas, podem ser semeadas diretamente no local definitivo.
Quebra de dormência:
Algumas sementes apresentam característica de dormência, devendo neste caso ser feito preparo preliminar das mesmas antes da semeadura. Quando houver necessidade de alguma intervenção neste sentido, a indicação é feita na Ficha Técnica.
Transplante:
O transplante é uma das operações mais delicadas do jardineiro. Deve ser feita quando as plântulas de modo geral tiverem entre 4 a 6 folhinhas, o que demora dependendo da variedade uma média de 6 a 24 dias após a semeadura. O transplante obrigatoriamente tem que ser feito com ausência de sol, podendo ser dias nublados, ou logo pela manhã antes do pleno sol ou no finalzinho da tarde com o sol sumindo. Prepare os recipientes ou o canteiro definitivo, molhe bem o substrato, alinhe, faça furos com auxilio de um chuncho que pode ser feito de madeira (mais ou menos como um lápis). Remova as plântulas da sementeira, podendo usar uma pequena pá de ponta, remova o excesso de terra das radicelas para facilitar a introdução no furo feito no substrato. Pode remover um punhado por vez, mantendo-as em um recipiente com umidade, evite que as raízes recebam vento ou sol direto. Coloque a plântula no centro do furo feito no substrato enterrando-a até o colo e compactando suavemente com a mão para comprimir a terra em volta das radicelas. Não deve haver espaços vazios entre as racidelas e o substrato. Se o local for de sol muito forte, mantenha as mudas recém-transplantadas cobertas por alguns dias com sombrite ou outro material similar.